Araras I

Viabilidade Econômica de Implementação de Cogeração Em Usinas de Açúcar a Partir do Bagaço de Cana de Açúcar (Autora: Adriana Scontri; Orientador: Octávio Valsechi)
Adriana Scontri - adriana@usj.com.br
Orientador: Octavio Antonio Valsechi
Resumo
Após as crises energéticas ocorridas recentemente no Brasil, que se traduziu no racionamento de energia (apagão de 2001), ocasionado por diversos fatores como aumento do consumo de energia propiciada pelo crescimento econômico; a baixa nos reservatórios das hidrelétricas; a falta de linhas de transmissão; o setor sucroalcooleiro tem buscado novas tecnologias competitivas através da diversificação da produção, equipamentos com maior rendimento, para aumentar a produção e obter uma rentabilidade cada vez maior através da geração de eletricidade excedente para venda.
O presente trabalho tem por finalidade demonstrar a viabilidade econômica da venda de elétrica gerada a partir do uso de bagaço de cana de açúcar em uma planta de produção de açúcar e álcool. Para isso utilizou-se de ferramentas para análise econômico-financeira, dentre elas a taxa interna de retorno (TIR), payback simples e valor líquido presente (VPL).
O trabalho apresenta uma descrição sobre a importância do setor sucroalcooleiro na matriz energética brasileira, sobre a composição da cana de açúcar utilizada no processo de fabricação de açúcar, álcool e energia.
Estudo da Interferência Das Pressões e Temperaturas de Operação de Caldeiras na Produção de Energia (Autor: Adriano Rossin; Orientador: Jorge Lopes)
Adriano Lagreca Rossin - adrlr@uol.com.br
Orientador: Prof. Dr. Jorge José Corrêa Lopes
Resumo
O referido estudo analisa a questão sempre debatida entre os engenheiros e outros profissionais do ramo sucroalcooleiro, que utilizam caldeiras cujo combustível é o bagaço de cana-de-açúcar, considerando-se pressões e temperaturas de operação, buscando o ponto ideal entre o investimento a ser realizado para obtenção do equipamento ideal e a geração de energia proporcionada pelo mesmo. Abordar também aspectos tecnológicos que influenciam diretamente no custo do equipamento, norteando o investidor na aquisição do que melhor atende às suas necessidades. Compara equipamentos considerando consumo do combustível, eficiência e geração de energia, apresentando resultado obtido, e relaciona os itens comparativos de custo (percentuais) entre os mesmos.
Cálculos através de exemplo real de uma empresa sucroalcooleira e o tempo de retorno do investimento, considerando-se a energia consumida pela indústria e a venda da energia excedente, são propostos neste estudo.
Palavras-chave: Energia elétrica; Caldeiras; Biomassa; Bagaço de cana; Indústrias Sucroalcooleiras; Açúcar e Álcool
Extração do Caldo da Cana-De-Açúcar (Autora: Aline Salomé; Orientador: Clóvis Parazzi)
Aline Salomé - alinesalome@usj.com.br
Orientador: Prof. Dr. Clóvis Parazzi
Resumo
A produção de açúcar e álcool é uma das atividades econômicas brasileiras que se destacam devido ao alto grau de eficiência e competitividade. Uma das etapas comum para a produção de açúcar e do álcool, bem como a etapa onde se obtém o bagaço para produção de energia e/ou de álcool é a extração do caldo da cana. Tradicionalmente, este processo é realizado por equipamentos chamados de moendas, onde a cana é prensada entre grandes cilindros, separando-se o caldo do bagaço. Porém, nos últimos anos, outro sistema de extração chamado de difusor foi introduzido em algumas unidades açucareiras no Brasil. No difusor, a cana é colocada sobre um leito onde ocorre a retirada dos açúcares através da lavagem da cana desfibrada por adição de água a alta temperatura, num processo de lixiviação e percolação.
Após análise dos dados da literatura e depoimentos de fornecedores e especialistas do setor sucroenergético quanto aos principais quesitos de performance, economia e tecnologia do difusor e da moenda, conclui-se que, atualmente, visualizando a cogeração de energia como nova área em desenvolvimento nas usinas e destilarias, o difusor apresenta mais vantagens para a extração da sacarose que a moenda.
Palavras-chave: extração da sacarose, cana-de-açúcar, moenda, difusor.
Método para Determinação da Distância Econômica para o Transporte de Cana-De-Açúcar (Autora: Aline Porto; Orientador: José Eduardo Branco)
Aline Volpi Porto - alineport@hotmail.com
Orientador: Prof. José Eduardo Holler Branco
Resumo
O transporte de cana-de-açúcar das áreas de plantio para as usinas é um dos fatores que mais influenciam no custo de produção desta cultura. Este trabalho objetivou demonstrar um método de cálculo da distância econômica para o transporte da cana-de-açúcar, da área produtora até a usina receptora e avaliar a distância máxima que apresenta viabilidade econômica para o transporte da produção de cana econômica. Os tipos de veículos de transporte considerados foram: Romeu e Julieta, Treminhão e Rodotrem. A coleta de dados foi feita baseada em literatura especializada e dados atuais disponibilizados pelo mercado. Com base nos resultados do modelo de custos proposto nesse estudo, determinou-se qual é a distância econômica para cada tipo de transporte e foram realizadas simulações do comportamento do custo de transporte em função da variação dos preços dos principais insumos que compõem a estrutura de custos do transporte rodoviário, como preço do combustível utilizado pelos veículos de transporte e a velocidade de deslocamento dos mesmos. Os resultados desse estudo apontaram uma distância econômica de 82 km para o veículo Romeu e Julieta, 114 km para o Treminhão e 164 km para o Rodotrem. Ademais, permitiram avaliar a variação dessas distâncias máximas de captação em função da variação do preço dos insumos.
Palavras-chave: cana-de-açúcar; transporte; distância econômica.
Implantação Dos 5s na Indústria Açucareira (Autor: Almir José da Silva; Orientador: Reinaldo Bastos)
Almir José da Silva - almir@usj.com.br
Orientador: Profº Reinaldo Bastos
Resumo
O Programa 5S é apresentado como sendo indicado para aplicação em qualquer ambiente. É apresentado, nos manuais e nas palestras proferidas nas empresas, como sendo o próprio bom-senso, mas de um modo que pode ser ensinado, aperfeiçoado, praticado para o crescimento humano e profissional, segundo os seus defensores, que também afirmam que convém que o 5S venha a se tornar um hábito, sendo que em algumas empresas é chamado de "Cultura 5S", justamente por ter sido tornado um costume.
Estudo Comparativo Entre Difusor e Moendas Visando a Extração de Caldo de Cana-De-Açúcar (Autor: Antonio Amadeu Oss; Orientador: Jorge Lopes)
Antonio Amadeu Oss - amadeoss@uol.com.br
Orientador: Prof. Dr. Jorge José Correa Lopes
Resumo
O setor Sucro Alcooleiro tem demonstrado dinamismo considerável e participa com parcela relevante da atividade agrícola paulista e brasileira. O mercado interno de Etanol vem ganhando destaque no segmento agroindustrial brasileiro, proporcionado pela retomada do aumento do consumo doméstico em conseqüência do preço competitivo do combustível em relação à gasolina, e também redução da poluição em conseqüência da diminuição da queima de combustíveis fósseis. Por outro lado, há um potencial de crescimento nas vendas externas do álcool, que possivelmente será utilizado para atender parte da demanda mundial por etanol.
A produção de etanol está em expansão por ser um combustível ainda barato, renovável e cujo emprego como alternativa para a matriz energética mundial está em fase de crescimento. A tendência de aumento da produção de álcool no Brasil ocorre por vários fatores, como aumento da frota de carros bi-combustível (demanda interna), Protocolo de Quioto (demanda externa), aumento do preço do petróleo, entre outros.
Serão analisadas as instalações de extração de caldo através de Moenda e Difusor. Essa análise tem a finalidade de auxiliar na tomada de decisão de novos investimentos em sistemas de extração de caldo (Moenda e Difusor).
Aplicabilidade de Sistemas de Gestão e Certificação: Avaliação para o Setor Sucroalcooleiro Localizado na Região Centro-Sul do Brasil (Autora: Ernestina Gabone; Orientador: Clóvis Parazzi)
Ernestina Maria Nunes Camurça Gabone - tinacamurca@terra.com.br ou ernestina@cca.ufscar.br
Orientador: Prof. Dr. Clovis Parazzi
Resumo
Este trabalho teve como objetivo identificar e quantificar as usinas existentes nas regiões centro-oeste, sudeste e sul (centro-sul) certificadas pelas normas ISO 9001:2000, ISO 14001:2004, OSHAS 18001:1999 e SA 8000 a partir das unidades que constam no ranking de produção de cana-de-açúcar da região centro-sul, safra 2006/2007, conforme informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA, 2008). A pesquisa foi realizada através de visitas em sites da internet (sites de usinas e associações). O tamanho da amostra foi de 254 usinas de açúcar e álcool, distribuídas na região centro-sul, compreendendo os seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo (Região Sudeste); Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Região Sul); Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (Região Centro-Oeste). Os resultados foram analisados e se verificou uma quantidade pequena de unidades certificadas (13%), assim como, a inexistência de sites (50%). Estes resultados mostram a precária situação do setor sucroalcooleiro no que diz respeito à exigência do mercado, por empresas qualificadas e certificadas. Porém, acredita-se que uma nova pesquisa conduzida diretamente na usina poderá gerar resultados condizentes e mais próximos da realidade do setor.
Palavras-chave: Gestão Sucroalcooleira. Sistemas de Qualidade. Certificação. Legislação. Normas.
Especificações Mundiais para o Mercado de Etanol (Autor: Fábio Guimarães; Orientador: Jorge Horii)
Fábio Luis Guimarães - fabiolguimaraes@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Jorge Horii
Resumo
O Brasil é considerado o pioneiro na introdução de álcool como combustível e como aditivo a gasolina, além de ter sido o primeiro país a criar um programa para incentivar a produção e o uso de álcool como substituto a gasolina. O processo de desenvolvimento tecnológico, tanto na produção agrícola, como na produção industrial, tornaram o país foco das discussões mundiais relacionadas à biocombustíveis. Devido à inúmeras questões, como instabilidade política e econômica nas regiões produtores de petróleo, e ambientais, de caráter emergencial, a busca por fontes renováveis de energia se tornou o principal objetivo dos países desenvolvidos, dentre eles EUA e toda a Europa.
Tanto os EUA como a Europa vem investindo no desenvolvimento de suas culturas de milho e beterraba, matérias primas utilizadas para a produção de álcool nos respectivos países. Nota-se também o investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a produção, dentre elas a hidrólise enzimática.
Tais movimentos acima mencionados evidenciam que o mercado internacional de álcool combustível é altamente promissor, no entanto, cabe lembrar, que as diferentes matérias primas e processos de produção utilizados resultam em produtos finais distintos. A ausência de uma especificação mundial para o álcool combustível acaba por gerar divergências entre importadores e exportadores, além de uma possível criação de barreiras técnicas, que podem impossibilitar a expansão desse mercado.
O presente estudo objetiva investigar as especificações e parâmetros de álcool combustível utilizados nos EUA, Europa e Brasil visando descobrir se existem divergências críticas que possam resultar em barreiras de comercialização. Para tanto, realizaremos uma análise pormenorizada em material sistematizado, estudos e pesquisas referentes à temática apresentada.
Palavras Chave: Especificação, Etanol, Parâmetros, Barreiras Técnicas.
Contaminantes da Fermentação Alcoólica (Autora: Flávia Ruiz; Orientador: Jorge Lopes)
Flávia Martins Ruiz - ffruizm@ig.com.br
Orientador: Dr. Jorge José Correa Lopes
Resumo
A Contaminação bacteriana é um dos fatores preponderantes dentre aqueles que afetam a fermentação alcoólica, principalmente os Lactobacillus. Entre eles estão os microorganismos que são originados de vários focos de contaminação, e nem todos estão presente no caldo de cana - de – açúcar. O maior efeito das bactérias sobre as leveduras e no rendimento da fermentação é físico. As bactérias se unem ás leveduras provocando floculação, que decanta nas dornas de fermentação prejudicando a centrifugação, entupimento de bicos e canalizações, ocorrendo perdas de leveduras e resultando como conseqüência queda no rendimento do processo fermentativo. Entretanto os mecanismos através dos quais as bactérias exercem sobre á floculação de leveduras não está totalmente esclarecido, necessitando, portanto de mais pesquisas nesta área.
Palavra- chave: Contaminantes, bactérias, Lactobacillus, fermentação alcoólica.
Benefícios da Utilização da Peneira Molecular na Produção de Álcool Anidro (Autor: João Rodrigues Assis; Orientador: Clóvis Parazzi)
João Rodrigues Assis
Orientador: Prof. Dr. Clóvis Parazzi
Resumo
O aumento crescente da demanda por energia no mundo globalizado é um fato inexorável. O Brasil, desde a década de 80 desenvolveu tecnologia própria para a produção de etanol a partir da cana de açúcar, ação esta que, após um vácuo de desinvestimento nos 20 anos decorrentes de sua criação, retornou com toda sua força. O desenvolvimento dos motores veiculares conhecidos como “flexfuel” auxiliou fortemente na consolidação do mercado de Etanol, viabilizando a constituição de uma cadeia produtiva mais confiável, com rentabilidade atrativa e forte potencial de consumo. Primeiramente no mercado nacional e com grandes perspectivas de penetração no mercado estrangeiro. Também o aquecimento global da atmosfera do planeta , assim como suas conseqüências nefastas e amplamente conhecidas, tornou o Etanol como um dos grandes fornecedores de energia para a matriz energética brasileira e mundial. Com características produtivas altamente eficientes, onde a taxa de conversão de energia situada na relação de 1:8, tornou o Brasil grande ator e produtor mundial de um combustível quase ecologicamente correto e que contribui diretamente para a redução de poluentes perigosos e grandes vilões na formação do conhecido efeito estufa. No entanto, para que este combustível seja efetivamente consagrado e aceito pelos consumidores internacionais, se faz necessário o aporte de grandes somas para o efetivo desenvolvimento e aquisição de novas tecnologias, no caso específico do Etanol, para tratamento e agregação de valores, notadamente nos processos de destilação e desidratação, assunto principal tratado neste trabalho. A aplicação de diversas tecnologias nos processos de desidratação, a partir do Ciclohexano até as novas tecnologias em desenvolvimento, tudo com o objetivo de ganho de escala na cadeia produtiva.
Palavras-chave: etanol, desidratação, peneira molecular, pervaporação.
O Uso de Insumos na Produção de Cana-De-Açúcar e Seus Efeitos na Qualidade da Materia-Prima para a Produção de Álcool (Autora: Joice Candido; Orientador: Marcelo Abritta)
Jóice Daiana Candido - joice@assiste.com.br ou jdaiana@gmail.com
Orientador: Marcelo A. Abritta
Resumo
A cana-de-açúcar é a cultura mais popular para a produção de açúcar e do álcool. Ela contribui expressivamente para o crescimento do agronegócio nacional. A ocorrência de fatores limitantes para o desenvolvimento dessa cultura resulta em prejuízo para a qualidade, pois os danos causados pelas pragas prejudicam a cultura e inviabilizam os ganhos nos processos. Contudo, a aplicação de insumos agrícolas no manejo da cultura amplia as melhorias desse processo. Todas as pragas citadas causam danos nos colmos, levando até a morte das plantas. Os Insumos mais utilizados na parte de nutrição do solo são: o Potássio, o Fósforo e o Nitrogênio. Esse trabalho mostrará os principais insumos, sobretudo no controle de pragas, e suas influencias para a qualidade do álcool. Existem inúmeras técnicas de controle, mas poucas são adequadas, portanto, precisamos de um bom planejamento para identificar as principais pragas, seus inimigos naturais e o melhor método de manejo para se obter resultados satisfatórios.
Palavras-Chave: insumos; cana-de-açúcar; pragas; qualidade;
Geração de Energia Elétrica a Partir do Resíduo Vinhaça (Autor: Júlio Riboldi; Orientador: Jorge Lopes)
Júlio Riboldi - Julio_riboldi@yahoo.com.br
Orientador: Prof. Dr. Jorge José Corrêa Lopes
Resumo
A vinhaça pode ser definida, como sendo um subproduto da destilação do vinho delevedurado do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar. Sua utilização pode alterar as características do solo, promovendo modificações em suas propriedades químicas, favorecendo o aumento da disponibilidade de alguns elementos para as plantas. Apresenta elevadas concentrações de nitrato, potássio e matéria orgânica. Por outro lado, a vinhaça também pode promover modificações das propriedades físicas do solo de duas formas distintas. Essas alterações podem melhorar a agregação, ocasionando a elevação da capacidade de infiltração da água no solo, e conseqüentemente aumentar a probabilidade de lixiviação de íons, de forma a contaminar as águas subterrâneas quando em concentrações elevadas, além de promover a dispersão de partículas no solo com redução da sua taxa de infiltração de água e elevação do escoamento superficial com possível contaminação de águas superficiais. Pelo fato de haver diferentes tipos de solos e composições de vinhaça, os resultados dos trabalhos são bastante variáveis; contudo, existe consenso de que sua disposição deve ser efetuada de acordo com a capacidade do solo em trocar e reter íons.
Palavras chave: vinhaça, subproduto de destilação etanol, resíduo.
Etanol: a Questão-Chave para o Crescimento Econômico do Brasil (Autor: Marcel Rodrigues; Orientadores: Octávio Valsechi e Clóvis Parazzi)
Marcel Gustavo Rodrigues - gu_mast@yahoo.com.br
Orientadorres: Prof. Dr. Octavio Antônio Valsechi e Prof. Ms. Clovis Parazzi
Resumo
A produção do conhecimento deve ser seguida de divulgação, porém nem todo trabalho será uma jóia rara e não serão poucas às vezes, em que encontraremos idéias e opiniões de outros em nossos próprios pensamentos. Isso não pode ser considerada apropriação, mas sim formulação. A produção, divulgação e apropriação do saber são pois, inerentes às atividades exercidas no ambiente universitário, ainda que nem sempre tenha sido satisfatoriamente disseminado ao longo dos tempos.
A divulgação do conhecimento vem acompanhando a evolução do pensamento e da investigação, utilizando–se de instrumentos que se ajusta e se supera. O trabalho exclusivo deu lugar à capacidade multiplicadora ou evolutiva, aqui não com as espécies como concluiu Darwin mas com as palavras e o pensamento, sobretudo para disseminação e socialização do saber.
Em um breve trabalho elaborado pela vivência e a pesquisa buscarei ao menos demonstrar o pouco do muito que aprendi nessa área que tenho orgulho e paixão: produção sucroalcooleira e a vantagem brasileira neste segmento.
A liderança e competitividade da indústria brasileira foram obtidas por longos anos de trabalhos realizados por pesquisadores em instituições de ensino e de pesquisa e em empresas privadas (cada vez mais apoiados devido aos novos usos do etanol). O resultado é uma valiosa bagagem de conhecimento e de tecnologia sobre a cana, seus derivados e sobre o processo de fabricação do etanol de cana. Os projetos abrangeram temas diversos, como o melhoramento genético da cana-de-açúcar, combate a pragas, técnicas agrícolas e de colheita, impactos da cultura no meio ambiente e tecnologias de fabricação do etanol, incluindo-se a hidrólise e a fermentação.
Cana de Açúcar : Potencial do Bagaço de Cana na Co-Geração de Energia Elétrica (Autor: Nelson Stuchi; Orientadores: Jorge Lopes, Clóvis Parazzi e Octávio Valsechi)
Nelson Stuchi Júnior - bardotuchao@itelefonica.com.br
Resumo
O Brasil precisa aumentar em pelo menos 5% a oferta de energia elétrica a cada ano, mas a produção de energia por meio das usinas hidrelétricas enfrenta problemas com a falta de investimentos e o questionamento sobre o impacto ambiental . Surge então a necessidade de investir em outra matrizes, e o bagaço de cana de açúcar ( biomassa ) aparece com um grande potencial , ainda inexplorado, para suprir a demanda por energia causada pela expansão econômica do país .
Segundo estudos da empresa Gatec Gestão Agroindustrial, se todo bagaço resultante da moagem de cana da safra 2007/08 fosse utilizado para a produção de energia elétrica, somente em termos de energia excedente, ou seja, já descontado o que a usina sucroalcooleira necessita para o consumo próprio, teríamos uma geração de aproximadamente 8620 MW de energia elétrica, o que equivaleria à produção das usinas de Itaipu e Itumbiara (GO) juntas .
Nas indústrias sucroalcooleiras é utilizado o sistema de co-geração de energia, o qual permite produzir simultaneamente energia elétrica e calor, que já é uma tecnologia perfeitamente dominada pelo setor. Tem melhorado cada vez mais em termos de eficiência energética por causa da importância que ganhou pelas preocupações em termos de preservação ambiental e a necessidade urgente na diminuição de emissões de gases de efeito estufa .
Cenário – A capacidade de produção de energia elétrica no Brasil, de acordo com dados publicados em 2005, era de 98.352 megawatts de energia, por meio de 1399 usinas, assim distribuídas: 74,7 % de potência hidrelétrica; 21,5 % termelétrica; 2,2 % nuclear; 1,6 % de outras fontes, todas unidas por uma rede de 77 mil km de linhas de transmissão para os centros consumidores.
Processo de Fabricação de Álcool Anidro Através do Ciclohexano (Autor: Nivaldo Rodrigues; Orientadores: Octávio Valsechi e Clóvis Parazzi)
Nivaldo Aparecido Rodrigues - nivaldo_rodrigues@superig.com.br
Resumo
Álcool anidro trata-se do álcool comercial sem água, ou seja o etanol ou álcool etílico sem água.
O álcool anidro é um álcool com no mínimo 99,5% de pureza e o álcool hidratado tem cerca de 94,5% de pureza, este último é o que colocamos em nossos carros.
As usinas de etanol vendem o álcool anidro às distribuidoras para a mistura na gasolina e este é isento de impostos. Esse mesmo álcool, quando vendido para uma usina de biodiesel (que o utiliza para realizar a transesterificação) paga “somente” 32% em impostos.
Uma usina de biodiesel que usa a rota etílica gera álcool hidratado em seu processo de transesterificação, ou seja, a usina precisa recuperar o excesso de álcool, caso contrário o biodiesel não alcançaria os padrões de qualidade além de tornar-se inviável economicamente.
Assim, uma usina de biodiesel é também uma usina de álcool hidratado, e aí está o problema. Pela legislação atual, uma usina de biodiesel não pode vender o álcool hidratado às distribuidoras e isto vem acarretando um aumento dos custos industriais na produção de biodiesel.
Temos aí, dois problemas de fundamental importância para o sucesso do programa, simples de serem resolvidos e o mais importante, o governo tem interesse de resolver, pelo menos um deles. Pois permitindo a venda de álcool hidratado a arrecadação do governo é maior, mais dinheiro vai para os cofres públicos e nenhum efeito colateral.
Como está, o produtor de biodiesel tem problemas devido a alta carga tributária em cima do álcool anidro e a impossibilidade de venda do álcool hidratado, sub-produto do processo de produção.
Viabilidade Econômica de Secagem de Leveduras Em Usinas de Açúcar e Álcool (Autor: Paulo Roberto de Moraes; Orientador: Jorge Lopes)
Paulo Roberto Alves de Moraes - prmoraes@globo.com
Orientador: Prof. Dr. Jorge José Correa Lopes
Resumo
Este estudo pretende demonstrar a viabilidade financeira de se instalar um secador de leveduras proveniente do sistema de fermentação utilizado para produção de etanol.
Os benefícios aqui apresentados foram constatados e verificados através do monitoramento dos principais parâmetros operacionais de usinas e destilarias que operam com produção de leveduras secas:
a) a sangria contínua de leveduras (consiste na retirada de células vivas / células mortas do processo) da fermentação alcoólica permitindo operar as fermentações com concentrações de células de leveduras pré-estabelecidas nos reatores de fermentações;
b) esta sangria promove a renovação da massa celular tornando a fermentação mais “saudável”, com maior viabilidade celular e menores níveis de infecções bacterianas responsáveis pelo processo denominado de floculação (lembramos que o tempo médio típico de vida das células de leveduras e próximo de seis dias);
c) com a redução dos níveis de infecção / floculação da fermentação alcoólica, há significativa diminuição de uso de antibióticos e de ácido sulfúrico para tratamento das células de leveduras nas cubas de tratamentos;
f) redução da carga orgânica da vinhaça pela retirada da levedura “excedente” do processo (equivalente a 40% dos níveis de DBO / DQO desse sub-produto).
A “preparação” da levedura extraída para a secagem visa preservar e realçar as principais características naturais da levedura que são valorizadas e reconhecidas pelos fabricantes de rações, como:
- Qualidade da sua proteína.
- Presença (preservação) das vitaminas - a levedura é rica em vitaminas do Complexo B.
- Palatabilidade (melhora e realça do sabor / odor das rações).
- Efeitos profiláticos (em função da ação das mananas e glucanas de sua parede celular).
- Ganhos em conversão alimentar (pela atividade enzimática de sua proteína).
Qualidade da Matéria-Prima para a Produção de Açúcar e Álcool (Autor: Réverson Borges; Orientador: Clóvis Parazzi)
Réverson Carlos Borges - reverson_borges@yahoo.com.br
Orientador: Prof. Dr. Clóvis Parazzi
Resumo
O objetivo principal desta obra é destacar a importância da qualidade da matéria prima, ou seja, a cana-de-açúcar no setor sucroalcooleiro bem como o desponte, os tratos culturais, uso de maturadores, variedades, pragas e doenças com o intuito de alertar os profissionais da área ao tema que é de extrema importância na fabricação de açúcar e álcool com rendimento e qualidade.
Tendo em vista o acima exposto, a intenção deste trabalho foi a conclusão do curso de pós-graduação em Gestão do Processo Sucroalcooleiro- “ Master Tecnology Administration” – M.T.A.
Tecnologias Utilizadas para Desidratação de Etanol (Autor: Thiago Orosz; Orientador: Jorge Lopes)
Thiago Orosz - Thiago.orosz@dedini.com.br
Orientador: Prof. Dr. Jorge José Corrêa Lopes
Resumo
O crescimento do setor sucroalcooleiro foi estimulado pelo forte investimento do governo. De fato, entre os anos 1980 e 2002, mais de cinco bilhões de dólares foram aplicados na agricultura e na indústria para expansão da produção de álcool combustível. Este investimento certamente foi um dos responsáveis pelo sucesso do programa e pelo grau de desenvolvimento do setor. (GOLDEMBERG et al., 2004) Este artigo focaliza dois objetivos principais, a saber: o primeiro é evidenciar a eficácia do PROALCOOL, por meio de indicador de redução do custo de produção. O segundo, projetar a evolução do custo de produção do etanol em função do progresso técnico, bem como os investimentos necessários para tal redução.
O PROALCOOL é considerado o maior programa do mundo de utilização comercial da biomassa para produção e uso de energia, demonstrando a viabilidade técnica da produção em larga escala de etanol a partir da cana-de-açúcar e do seu uso como combustível automotivo (LA ROVERE, 2000). A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica, 2008) divulgou sua primeira estimativa para a região Centro-Sul na safra 2008/09, que prevê a moagem de 498,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 16% acima do processado na safra 2007/08, quando foram processadas 431,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica, 2008) estima que a produção total de álcool deva atingir 24,3 bilhões de litros, volume 19% acima dos 20,3 bilhões de litros registrados na safra 2007/ 08. O “mix” de produção na safra 2008/09 será de 42% de açúcar e 58%de álcool. O volume produzido de álcool anidro deve atingir 7,65 bilhões de litros, 6% a mais em relação aos 7,24 bilhões de litros produzidos na safra anterior. A mistura água-álcool requer um tratamento diverso da destilação simples, uma vez que esse sistema forma um azeótropo na composição de aproximadamente 95 % em peso. Também, próximo de tal composição a destilação entra em uma região onde a relação custo/benefício é alta. Desta forma, é comum a obtenção do álcool 7 hidratado na faixa de 93% em peso. Inclusive, a especificação do álcool hidratado segundo a ANP é entre 92,6 e 93,8% em peso. Para a retirada dos cerca de 7% em peso de água presente na solução alcoólica, deve-se lançar mão de outros princípios, ou seja: azeotrópica, desidratação extrativa e adsorção via peneira molecular, cada um deles descritos a seguir.
Palavras chave: Etanol, Desidratação, Álcool Anidro, Processos de Desidratação, Produção de Etanol.